domingo, 10 de maio de 2020

homem eterno

Mesmo depois que minha alma desencarnar, me tornando  um mar de cinzas  vou ir agradecido, pois um  eterno homem amei. Estaremos mortos eu sei. Entretanto, o universo ficará para provar o quanto estive louco por aquele homem, que viveu e sempre agiu como um digno lobo faminto de afeto. Preferido da estrela, neste caso eu mesmo, passando os restos dos meus dias sem poder nunca mais te-lo em meu colo.

Ele com um corpo de homem formado, com um coração travesso de menino.

O olhar que petrifica o precioso tempo

Como um diamante bruto, sempre fantasiou ser artista, transbordando ternura em seus olhos

Parado ali está, recordando e recordando

Algumas noites rangendo os dentes, ansioso e perdido no espaço e tempo

Consumindo todos os dias o álcool, nunca abriu a mão do seu vinho

Por dentro nervoso como vulcão, mas seu semblante exalava paz

A cada trago naquele cigarro, era um grito de dor das mais profundas dores

Corre, corre e corre da chuva, para esquecer que ali se foi seu amor. Danado, danado e danado.

Seus lábios diziam amar solidão, quando ficou só, chorou como menino

Todos calejados e as dificuldades da vida de  jovem, muito cedo aprendeu a dizer que ama da forma mais bela que existe. Tocando, tocando e tocando.

Observo este homem com fervor e idolatro com todo meu fogo

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