Mesmo depois que minha alma desencarnar, me tornando um mar de cinzas vou ir agradecido, pois um eterno homem amei. Estaremos mortos eu sei. Entretanto, o universo ficará para provar o quanto estive louco por aquele homem, que viveu e sempre agiu como um digno lobo faminto de afeto. Preferido da estrela, neste caso eu mesmo, passando os restos dos meus dias sem poder nunca mais te-lo em meu colo.
Ele com um corpo de homem formado, com um coração travesso de menino.
O olhar que petrifica o precioso tempo
Como um diamante bruto, sempre fantasiou ser artista, transbordando ternura em seus olhos
Parado ali está, recordando e recordando
Algumas noites rangendo os dentes, ansioso e perdido no espaço e tempo
Consumindo todos os dias o álcool, nunca abriu a mão do seu vinho
Por dentro nervoso como vulcão, mas seu semblante exalava paz
A cada trago naquele cigarro, era um grito de dor das mais profundas dores
Corre, corre e corre da chuva, para esquecer que ali se foi seu amor. Danado, danado e danado.
Seus lábios diziam amar solidão, quando ficou só, chorou como menino
Todos calejados e as dificuldades da vida de jovem, muito cedo aprendeu a dizer que ama da forma mais bela que existe. Tocando, tocando e tocando.
Observo este homem com fervor e idolatro com todo meu fogo
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