sábado, 15 de agosto de 2015

Toque caloroso

O sol como descrever esse astro alucinante, as pessoas passeiam por ai felizes neste começo de tarde e para me misturar com essa grande massa humana sorrio mostrando todos os dentes, consigo diferenciar o cheiro da alegria verdadeira e farsa camuflada dela, a segurança predomina quando uso a ambiguidade. Esse detalhes gritantes, asfalto tão quente que o vapor aparece, sorveteiros vendendo os produtos gelados, os religiosos engravatados espalhando a palavra de Deus e grupos mulheres fofoqueiras com suas sacolas de compras.
A futilidade para uns e para outros o valor é tão gracioso quanto uma verdadeira declaração de amor, pessoalmente não aprecio esse tipo de ação, talvez tenha medo dessa palavra Amor ou essa armadilha Paixão, entretanto, é visível em meu olhar ao soar da minha boca a PAIXÃO porque é tão intenso e avassalador, inquieta a alma, aguça os sentidos e insanável a busca do prazer enlouquecendo o corpo.
Atividades rotineiras foram feitas durante o dia de uma forma razoável e a noite veio brincalhona e cheia de desejos carnais e violentos com a carência indefesa, sentei numa mesa de um barzinho tradicional em um bairro zona comercial, badalação flutua nessa cidade e peço uma bebida gelada, vejo ele  sozinho encostado no balcão lendo despretensiosamente um livro de capa vermelho, uma literatura  pura se não me engano, os meus pés tocavam o chão freneticamente, os meus olhos pregavam naqueles olhos concentrados nas palavras das páginas e não contive a vontade insana de aproximar deste maravilhoso rapaz,
Você se pergunta porque da insanidade de um simples momento de querer se aproximar de alguém para uma conversa suave, para mim não é somente isso que estava querendo e entorpecida caminhei lentamente na direção do moço que exalava um perfume atraente, podia imaginar a frequência da sua pulsação.
-Oi.- Saludei.
-Oi.- Nem olhou, continuando com olhos fixados no livro.
- Posso sentar aqui?
- Sim.
- Hum.- Umedeci meus lábios sem saber o que falar, aquela vontade pulsante umedecia mais em baixo sem vergonha.
- Não sou muito bom para conversas, talvez em outra coisas.- Sorriu de lado.
- Quais? Fiquei curiosa.- Apoiei meu cotovelo no balcão.
- O que ainda estamos fazendo neste lugar público?- Novamente sorriu e segurou dessa vez minha mãos.
- Como assim?
- Não minta eu sei que você compreendeu.
- Tenho vontade, mas o medo está prevalecendo, nem te conheço...
- O ruim é deixarmos os nossos desejos incubados em um lugar obscuro da mente, se isso não faz mal para o outro, o prazer de realizar um ato não define um caráter. - Apertou os meus braços.
- Vamos sair daqui.- Sussurrei em seus ouvidos quentes e vermelhos.
- Agora.
Saímos daquele lugar abafado e formos para uma rua solitária, não continue lendo se não gosta de detalhes sórdidos... O sangue fervia e os toques rápidos, porém calorosos, ele apalpava cada parte do meu corpo com uma dose equilibrada de carinho e violência, quem sabe naquele instante eu poderia estar sendo uma puta suja, mas eu queria aqueles toques... Sim a minha vontade era infinitamente indescritível em sentir prazer absoluto, sem amor e uma paixão saltante com duração de uma noite.
Ele prendeu meu corpo todo contra a parede, beijou minha boca violentamente e com uma sede inacabável, desceu os lábios vagarosamente, chupando o meu pescoço suado, tudo ou nada a minha consciência berrava. Mordi suas bochechas e ele me sugava com tanta vontade e com os olhos bem abertos, a maldita ereção veio brindando e aquela altura eu estava encharcada de insanidade.
Ia e voltava um momento rapidamente e outro lentamente, só para não perder a sintonia, o delicioso suor cheirava a sacanagem, ele agarrava meus cabelos feito um louco e eu gritava de satisfação, amamentei aquele homem, empurrava os meus seios ainda mais em encontro com sua  boca faminta, o arranhava dolorosamente, peitoral vermelho e cheio de rabiscos sem sentido, virava os nossos olhos, lambíamos um ao outro com um doce que seria extinto sem aviso, durou uma madrugada inteira sem pausa.
Se eu continuasse detalhando, ficaria com um desejo outra vez e teria mais uma oportunidade de gravar um vídeo, que a proibição é determinante. As pessoas julgam demais, se amedrontam em conceitos de uma sociedade hipócrita, a visão e desejo de um não é necessariamente igual de outro, o respeito de fato têm que ser um dominante, as ações sexuais de um homem não pode confundir o o caráter, ao menos se não for um maldito crime contra a pessoa com que o doente sexual pratica. Todos temos desejos sublimes, vontades súbitas e suprir é um êxtase sem igual, que não pode transforma-se em palavras é uma função sentir e viver o ato visto como insano, que na verdade insano é aquele que esconde de si mesmo a gana de um segundo gostoso.
  

Nenhum comentário:

Postar um comentário