domingo, 7 de junho de 2015

E ao teatro consagro toda minha sensibilidade e a minha vida

Como estou participando de um projeto teatral, uma atividade que me tocou muito de voz com texto de Federico Garcia Lorca um dramaturgo e poeta espanhol que criou um grupo teatral chamado La Barraca e morreu executado, por motivos desconhecido, talvez pelo os rumores de sua orientação sexual.
O texto fala sobre liberdade de expressão, educação, cultura e a força de um ator em dar vida a um personagem. Abaixo alguns trechos.


Canto o teatro e o sinto até a medula. Por que sou homem do mundo e irmão de t
odos.
E neste mundo eu sempre sou e serei partidário do pobres, partidário daqueles que não tem nada e até mesmo a tranquilidade do nada lhe és negada.
Nós, eu me refiro  aos  homens com alguma importância intelectual...
O teatro é a poesia que se levanta dos livros e se faz humana. E ao fazer-se chorar, grita e se desespera, por isso que se necessita de atores que levem em cena um traje de poesia, mas ao mesmo tempo se veja o sangue e os ossos.
O povo que não fomenta e ajuda ao seu teatro, se não está morto está moribundo.
Eu sou um revolucionário é da natureza de um artista ser um revolucionário, e nos momentos dramáticos do mundo chorar e rir com seu povo.

Encanta de sentir a emoção no tom de voz, pois a cenas podem variar e a paixão do teatro do absurdo. Não! O seres humanos são um absurdos.

Isso que move é fazer sentir e sentir...
VOLTA DE PASSEIO
Assassinado pelo céu,
entre as formas que vão para a serpente
e as formas que buscam o cristal,
deixarei crescer meus cabelos.
Com a árvore de tocos que não canta
e o menino com o branco rosto de ovo.
Com os animaizinhos de cabeça rota
e a água esfarrapada dos pés secos.
Com tudo o que tem cansaço surdo-mudo
e mariposa afogada no tinteiro.
Tropeçando com meu rosto diferente de cada dia.
Asassinado pelo céu !
( tradução:  William Agel de Melo )  

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