sexta-feira, 17 de julho de 2015

Conte-me Paolo *3*

A madrugada de Paris estava muito gelada como um mocinho daqueles poderia estar tão desprotegido assim, a dupla olhou para o lado e não viram ninguém que pudesse ajudar o garoto, ele tremia, tinha uma beleza especial e os olhos imploravam uma dose de cuidados. Então Franchesca agachou-se e falou.
- Vou te tirar daqui tudo bem?
- Hum.- Gaétan acenou que sim com a cabeça.
-Não podemos confiar muito, hein...- Paolo sussurrou nos ouvidos de Raffe.
- J'ai compris cuido disso.- Ignorou.
Eles seguiram para o apartamento de Franchesca que se localiza próxima a  avenida conhecida como Champs-Élysées, um prédio bem acolhedor, com uma escadaria em formato de caracol, a madeira exila um odor de lar confortável, a porta de seu ninho tinha como campainha de pedra, fazia um barulho que irritava qualquer um. Desastrada Raffe derrubou o molho de chaves e Dom Caron teve que se esticar  como uma minhoca para pegar, Gaétan sorriu levemente.
Por dentro é tão lindo, com móveis femininos, um sofá imenso e fofo, os rapazes sentaram-se envergonhados, ela serviu um chá quente, com toda delicadeza ofereceu comida, banho e um espaço para dormir. Estava tarde e Paolo aceito ficar aquela noite e o garoto decidiu dormi no chão da sala, não estava muito a favor de incomodar com respeito Franchesca o acariciou seu rosto e não insistiu mais.
- Então posso dormi no sofá!- Paolo falou alegre.
- Sim, mas antes quero conversar um pouco.- Raffe disse.
Logo que o garoto adormeceu Franchesca conduziu Dom Caron para seu quarto, ele um pouco confuso a seguiu, deitaram na cama e ficaram por um tempo olhando para o teto, sem saber o que comentar sobre o assunto. Naquela altura ela já havia se arrependido de ter o chamado. Os corações aceleraram, as mão suavam, o pelo arrepiado e voz não aparecia.
- Estou me sentindo estranho.- Paolo sem graça- Hoje está sendo diferente.
- Porque? Não te chamei aqui por algum motivo... Sei lá foi um impulso bobo.
- A sua família deve ter orgulho de você.- Afirmou.
- Talvez... não sei... E a sua mãe deve te amar muito.
- É amava... ela morreu quando eu era um menininho... o meu pai me odeia... por não ser muito comum, assim igual os caras normais.
- Como?- Curiosa.
- Muito másculo, forte, engenhoso e destemido. Acha que sou frágil de mais, por eu gostar da artes, ele nunca sonho em ter um filho sensível e solitário.
- Você aparenta ser esperto e comunicativo, não é qualquer um que sai de seu próprio país e tenta a sorte em outro.
- Franchesca como posso te explicar... ah deixa fale um pouco sobre você.
- Isso é sério, não gosto de falar de mim, gosto que me descubram- Segurou as mãos de Paolo Caron com se fosse uma conexão para outra dimensão.
-Também sou reservado.- Soltando suas mãos- Não curto muito o toque humano.
- Verdade? Nunca tinha visto isto.
-Mulher você é muito linda... mas prefiro ficar em silêncio.
- Diferente.- Raffe disse confusa e mordendo os lábios.- Um cara que me faz instantaneamente fantasiar uma situação provocante, e não dar a mínima é diferente. - Chegou perto dos lábios do rapaz gemendo suavemente.
- Sempre têm a primeira  vez. - Seco.
- E esta primeira vez que tento tomar a iniciativa,  e ainda dá errado- Sorriu.- Não  sou de ficar com qualquer um... Paolo...
- Sim.
- Por favor.
- Não tente... não posso...
- Você é...
- Sou o que você quiser, as fantasias que você formula de mim são tão reais quanto a minha existência.
- Vamos dormi então... fica do meu lado.
- Tudo bem.
Em um ato de desespero Franchesca tirou sua blusa, subiu em Paolo Caron, toda maliciosa, com uma vontade imensa de se possuída em todos os sentido, ele ficou tão vermelho e irritado que berrou.- NÃO!- Empurrou a moça para o lado. O barulho foi alto que acordou Gaétan que imediatamente levantou e foi até o quarto, instintivamente abriu a porta que estava destrancada e viu uma cena um pouco constrangedora.
- Oi.- Franchesca disse.
 

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